segunda-feira, 18 de maio de 2015

BRASIL: RJ: RIO DE JANEIRO: 
Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) - 
General Attorneyship of the State of Rio de Janeiro

1 – Localização:
Município do Rio de Janeiro. Ap 1.0. Centro. Rua Don Manoel, no 25 (-22.903613, -43.173497).
2 – Histórico:
            O edifício foi construído entre 1884 e 1887 para ser a sede da Caixa Econômica e Monte Socorro, projeto do arquiteto Francisco Bethencourt da Silva, aluno de Grandjean de Montigny na Academia Imperial de Belas-Artes, em terreno cedido pelo Imperador D. Pedro II ao Barão Nogueira da Gama. No dia 12 de Janeiro de 1861 Dom Pedro II assinou o decreto 2.723 que aprovava a criação de uma Caixa Econômica e um Monte de Socorro na Corte, cuja finalidade era de conceder empréstimos e de estimular o hábito de poupar entre a população até então tida como imprevidente, recebendo pequenas poupanças das classes menos abastadas, incluindo os escravos, que podiam economizar para suas cartas de alforria, pagando juros de 6% a.a., garantindo o governo imperial a restituição dos depósitos a ela confiados. O Monte de Socorro na Corte foi inspirado nos Montes Pio ou Montes de Piedade europeus e tinha por finalidade emprestar, por módico juro e sob penhor, as quantias necessárias para socorrer as necessidades urgentes das classes menos favorecidas, que não tinham acesso a estabelecimentos bancários, principalmente para contrair empréstimos. A primeira agência foi inaugurada no dia 04 de novembro de 1861, no edifício da antiga Cadeia Velha, onde, posteriormente, foi construído o Palácio Tiradentes e teve como presidente o Visconde de Albuquerque. A Caixa Econômica do Monte de Socorro emprestava pequenas somas sob a garantia de metais preciosos, brilhantes e outros valores. Posteriormente ela foi transferida para o edifício da Rua Don Manoel. O edifício recebeu o acréscimo de um pavimento nas alas laterais em 1905-1908, segundo intervenção do mesmo arquiteto. Autor das primeiras manifestações da arquitetura eclética no Rio de Janeiro, Bethencourt da Silva mantém na concepção original deste edifício uma forte tendência clacissizante.
Devido ao progresso obtido pela instituição financeira, o velho casarão deixou de ser a sua sede em 1940 e, após ser remodelada e ampliada, passou a ser utilizado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara, para Varas de Acidentes de Trabalho, Cartório de Registro Civil e Casamentos (Pretórios), reunindo juizados e cartórios até então dispersos. A partir de 1960 o prédio passou a ser ocupado pela Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, sofrendo obras de modificação na década de 1970. Ele se manteve como sede da Procuradoria até fevereiro de 2011, quando esta se mudou para a Rua do Carmo nº 27, em um edifício, adquirido em 2008 e que foi inteiramente reformado para receber a Procuradoria.
              O imóvel da Rua Don Manoel foi, então, cedido ao Tribunal de Justiça por meio de uma parceria estabelecida em setembro de 2011 com o Governo do Rio e o TJRJ. Após passar por 210 dias de obras de adaptação que custaram R$ 18.996.100,65, foi inaugurada em 2012 a nova sede da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). A EMERJ foi criada pela Lei nº 1.395, em 08 de dezembro de 1988, dentro da estrutura do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, sendo eleito seu 1º Diretor-Geral o Desembargador Cláudio Vianna de Lima. Inicialmente, a EMERJ começou suas atividades em salas do 1º, 9º e 11º andares do Tribunal de Justiça; em outro momento, utilizou também salas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Por ser um prédio tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), o projeto de reforma foi desenvolvido buscando-se não alterar as características originais dos ambientes e materiais existentes. Após a reforma, o edifício passou a dispor de 22 salas de aula, sendo três especiais destinadas à pós-graduação, dois auditórios com tratamento acústico, núcleo de pesquisa, sala de áudio e vídeo, lanchonete e ampla área administrativa.
3 – Descrição:
O edifício tem uma forma quadrangular, com orientação geral norte-noroeste – sul-sudeste e frente virada para sul-sudeste, na Rua Don Manoel. Ele foi construído em estilo eclético. O edifício tem 4 andares e aproximadamente 6.000m2, sendo o último andar menor e limitado a uma pequena parte do mesmo. A fachada anterior é dividida em 3 seções por cunhais. No 1º andar, a seção central possui uma porta centrla e uma janela de cada lado da mesma, havendo uma coluna de fuste liso de cada lado da porta, sustentando um pequeno entablamento. As seções laterais também consistem de uma porta com uma janela de cada lado; todas as portas e janelas do 1º andar são em arco. No 2º andar, há 3 janelas retangulares em cada uma das 3 seções, tendo a central uma sobreverga triangular; nos 2 cantos da balaustrada central, na projeção das colunas do 1º andar, há 2 estátuas femininas. O 3º andar é formado por 3 pequenas janelas quadrangulares nas seções externas. Acima do 3º andar corre uma platibanda com pináculos nas extremidades e entre cada seção do edifício. No alto, na parte central, fica um frontão curvilíneo decorado com motivos vegetais e com medalhão central. O 4º andar é mais recuado e só ocupa a seção central, tendo 4 janelas quadrangulares. As fachadas laterais só tem 3 andares, com 9 janelas, em arco no 1º andar, retangulares grandes no 2º andar e quadrangulares no 3º andar. Na fachada posterior a estrutura é a mesma, mas o número de janelas é de 3 nas seções laterais e 5 na central.
4 – Vistação:
É um órgão público e normalmente só se pode ver do exterior. Tel: (21) 3133-3397
5 – Bibliografia:

GERSON, Brasil. História das Ruas do Rio, Rio de Janeiro: Editora Lacerda, 5ª. ed., 2000.

General Attorneyship of the State of Rio de Janeiro: Brazil, State of Rio de Janeiro, Municipality of Rio de Janeiro, downtown
            The building was constructed from 1884 to 1887 to house the Saving Bank of Rio de Janeiro. In 1905-1908 a new flor was added. The building was ceded to the General Attorneyship of the State of Rio de Janeiro in 1940. In 2012 the building was ceded to the EMERJ (School of the Magistrature).

Vista de satélite, antes da demolição do Viaduto da Perimetral. 1. Palácio da Justiça; 2. Antiga Procuradoria Geral (EMERJ) 3. Museu Naval; 4. Igreja de São José; 5. Palácio Tiradentes (Local da antiga Casa de Câmara e Cadeia); 6. Paço Imperial; 7. Convento do Carmo; 8. Antiga Catedral Imperial; 9. Arco dos Teles; 10. Local da antiga Secretaria do Ministério da Viação e Obras; 11. Local do antigo Hotel Pharoux; 12. Estação das barcas;13. Local do antigo Mercado Municipal
Mapa do bairro da Misericórdia, 1895. Vê-se as áreas do aterro. A Procuradoria
esta assinalado como Caixa Econômica. Onde se lê Arsenal corresponde ao
Museu Histórico Nacional
Parte do mapa do Centro do Rio, 1906. Vê-se no centro o Morro de Santo Antônio, à direita o Morro do Castelo, e na extrema direita a Ponta do Calabouço com o Arsenal de Guerra e o Forte São Thiago. Delá saía em diagonal a extinta Rua da Misericórdia, indo até a Praça XV (Largo do Paço). no litoral na parte sul há uma área quadrada escura, o Mercado Municipal e logo ao norte o Hotel Pharoux.

Vista satélite google
Rua da Misericórdia, 1884-1939. À direita vê-se o prédio da antiga Procuradoria
Geral do RJ (EMERJ), o Museu Naval e o antigo Ministério da Indústria e Viação


Rua da Misericórdia, Augusto Malta, antes de 1922. Prédio da Procuradoria
Geral, ainda usado como Caixa Econômica. À esquerda, esquina do Museu
Naval
Região da Misericórdia, 1900. À sudoeste uma das torres e parte do Mercado 
Municipal. No centro, no mesmo alinhamento, vários edifícios, sendo o mais
esquerdo o Hotel Pharoux. Atrás há oa EMERJ, o Museu Naval e o Ministério 
da Viação (em forma de H). Atrás dele a Casa de Câmara e Cadeia e a sua
direita parte do Paço Imperial.
Região da Misericórdia, 1922. Em primeiro plano o Paço Imperial e depois a
Casa de Câmara e Cadeia e a sua esquerda o Ministério da Viação em forma
de H e depois a Estação das Barcas. Na próxima fileira a Igreja de São José
e depois o Museu Naval e a  a EMERJ. Ao fundo o Mercado Municipal. Mais
ao fundo a torre do Pavilhão de Festas. À nordeste o Morro do Castelo com a
Igreja dos Jesuitas
Vista aérea da Região da Misericórdia, anos 1930. Pavilhão  de Caça e Pesca
e depois o Pavilhão da Estatística (Saúde dos Portos) e atrás o Pavilhão dos
Estados. Depois o Mercado Municipal. Atrás dele o Palácio da Justiça, EMERJ
e Museu  Naval. Depois o Ministério da Viação e atrás o Palácio Tiradentes
Vista aérea da Região da Misericórdia, anos 1950. À esquerda o Mercado
Municipal, depois o Palácio da Justiça, EMERJ e Museu Naval. Depois o
Ministério da Viação e atrás o Palácio Tiradentes


Mercado Municipal, 1961. Observe o viaduto da Perimetral cruzando o mercado
e à esquerda, o Palácio da Justiça, EMERJ e Museu Naval. Atrás vê-se a cúpula do
Palácio Tiradentes
Mercado Municipal, 1961. Observe o viaduto da Perimetral cruzando o mercado
e à esquerda, o Palácio da Justiça, EMERJ e Museu Naval
Trecho entre Rua São José e Erasmo Braga, 1963. Em frente a Igreja de São José.
À sua esquerda o Palácio Tiradentes e atrás a Estação das barcas. Atrás do edifício
alto, a 
EMERJ e Museu Naval; atrás a torre do restaurante  Albamar

Trecho entre Rua São José e Erasmo Braga, 1963. Em frente a Igreja de São José.
À sua esquerda o Palácio Tiradentes e atrás a Estação das barcas. Atrás do edifício
alto, a 
EMERJ e Museu Naval; atrás a torre do restaurante Albamar

Procuradoria Geral, frente (foto do autor)
Frente, vista desde a Avenida Erasmo Braga (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)

Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente. Observe a estátua no 2o andar e a
 estátua no topo (foto do autor)

Frente, detalhe do segundo andar (foto do autor)

Frente (foto do autor)
Procuradoria Geral, frente e lado direito, e  Museu Naval, frente e lado
 esquerdo (foto do autor)

Procuradoria Geral, frente, e Palácio da Justiça (foto do autor)
Procuradoria Geral, frente, e  Palácio da Justiça (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Lado esquerdo (foto do autor)
Lado esquerdo (foto do autor)
Fundos (foto do autor)
Fundos (foto do autor)
Fundos (foto do autor)
Fundos (foto do autor)
Fundos (foto do autor)
Fundos (foto do autor)


segunda-feira, 4 de maio de 2015

BRASIL: RJ: RIO DE JANEIRO: 
Antigo Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas - 
Ancient Ministry of Industry, Roads and public Works

1 – Localização:
            Município do Rio de Janeiro. Ap 1.0. Centro. Praça XV. Largo do Paço nº1-3 (-22.903588, -43.173360).
2 – Histórico:
         É obra do engenheiro Pereira Passos, sob desenho de Ballarini e Bosisio. O prédio foi construído entre 1871 e 1874 e foi inaugurado em 20 de janeiro de 1875. Era destinado inicialmente aos Correios, mas até 1891 serviu à Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Proclamada a República em 1889, foi reestruturada a administração do País, sendo criado em outubro de 1891, o Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, para o qual passaram as atribuições da Secretaria da Agricultura, extinta em novembro de 1892. Em dezembro de 1906 o Ministério recebeu novas atribuições e a denominação de Ministério da Viação e Obras Públicas. Na década de 1930 o prédio foi demolido.
3 – Descrição:
O edifício tinha uma orientação geral nordeste-sudoeste e possuía a forma de um H, com as grandes alas paralelas em sentido nordeste-sudeste e a pequena ala transversal em sentido noroeste’-sudeste. Ele media 20,5m de altura em um quadrado de 38m de lado. Entre as pernas paralelas do H havia um jardim fechado por um gradeado que unia as pontas do H nos dois lados do mesmo. O edifício tinha 3 andares, tendo a fachada externa de suas alas maiores dividida em 3 seções por 4 cunhais em forma de pilastra com capitel corintiforme; a seção central é um pouco reentrante em relação ao resto da fachada, havendo uma pequena escadaria de cerca de 6 degraus que dá entrada a uma porta neste setor. Ele tem, nas faces externas, 3 janelas nas seções mais laterais e 5 janelas (no 1º andar são 4 janelas e 1 porta) na seção central. No 1º andar as janelas/porta são em arco, no 2º andar são retangulares com sobreverga triangular e no 3º andar são retangulares com sobreverga plana. Estas mesmas alas possuem 4 janelas em cada andar na sua face interna, de cada lado da ala transversa. A ala transversa tem 5 janelas de cada lado, sendo que no primeiro andar a janela do meio é substituída por uma porta. A parte superior é circundada por uma platibanda, encobrindo o telhado baixo em 4 águas. Durante um certo período havia 16 estátuas no topo, sobre suportes nos cantos da fachada, em função de pináculos, mas estas foram retiradas posteriormente
4 – Visitação:
            Impossível, o edifício foi demolido na década de 1930 e no local se construiu o anexo da Assembléia Legislativa do Estado do rio de Janeiro.
5 – Bibliografia:
CRULS, Gastão. Aparência do Rio de Janeiro. 3ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1965.
GERSON, Brasil. História das Ruas do Rio, Rio de Janeiro: Editora Lacerda, 5ª. ed., 2000.

Ancient Ministry of Industry, Roads and public Works: Brazil, State of Rio de Janeiro, Municipality of Rio de Janeiro
              The building was erected in 1871-1874 and started its use in 1875 as Secretary of Agriculture, Comerce and Public Works. In the years 1930-1940 it was demolished.

Vista de satélite, antes da demolição do Viaduto da Perimetral. 1. Palácio da Justiça; 2. EMERJ 3. Museu Naval; 4. Igreja de São José; 5. Palácio Tiradentes (Local da antiga Casa de Câmara e Cadeia); 6. Paço Imperial; 7. Convento do Carmo; 8. Antiga Catedral Imperial; 9. Arco dos Teles; 10. Local da antiga Secretaria do Ministério da Viação e Obras; 11. Local do antigo Hotel Pharoux; 12. Estação das barcas;13. Local do antigo Mercado Municipal
Parte do mapa do centro do rio, João Rocha Fragoso, 1874 (mesma numeração do primeiro mapa): 2 e 3. Lugar dos futuros Museu Naval e EMERJ; 4. Igreja de São José; 5. Casa de Câmara e Cadeia (local do futuro Palácio Tiradentes); 6. Paço Imperial; 7. Convento do Carmo; 8. Antiga Catedral Imperial (ao norte a igreja da Ordem terceira); 9. Arco dos Teles; 10. Secretaria do Ministério da Viação e Obras; 11. Hotel Pharoux; 12. Local da futura Estação das barcas; Local do antigo Mercado Municipal
Parte do mapa do Centro do Rio, 1848-1906. Vê-se no centro o Morro do Castelo, e na direita a Ponta do Calabouço com o Arsenal de Guerra e o Forte São Thiago. Delá saía em diagonal a extinta Rua da Misericórdia, indo até a Praça XV. Formando o lado sudeste da praça, vê-se o Hotel Pharoux. Vê-se no canto
sudeste da praça o formato em H do ministério.
Parte do mapa do Centro do Rio, 1906. Vê-se no centro o Morro de Santo Antônio, à direita o Morro do Castelo, e na extrema direita a Ponta do Calabouço com o Arsenal de Guerra e o Forte São Thiago. Delá saía em diagonal a extinta Rua da Misericórdia, indo até a Praça XV (Largo do Paço). no litoral na parte sul há uma área quadrada escura, o Mercado Municipal e logo ao norte o Hotel Pharoux. Vê-se no canto sudeste da praça o formato em H do ministério.
Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, 1890. Observe as estátuas
 como pináculos no topo
Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, observe as estátuas.
Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas. observe que aqui não há mais
as estátuas no teto
Lado sul da Praça XV, 1890, à esquerda a Estação das Barcas; no
centro o 
Hotel Pharoux (lado NW) e à direita, a antiga Secretaria do
Ministério da Indústria
; à sua frente o coreto.
Lado sul da Praça XV, 1900, à esquerda o Hotel Pharoux (lado NW) e
à direita, 
a antiga Secretaria do Ministério da Indústria; à sua frente o coreto.
Lado norte da Praça XV, 1900, à direita,a antiga Secretaria do
Ministério da Indústria; no centro o Paço imperial
. À direita a Igreja
do Carmo e a igreja da ordem terceira. Na extrema direita o Chafariz
de Mestre Valentim

Região da Misericórdia, 1900. À sudoeste uma das torres e parte do Mercado 
Municipal. No centro, no mesmo alinhamento, vários edifícios, sendo o mais
esquerdo o Hotel Pharoux. Atrás há a EMERJ, o Museu Naval e o Ministério 
da Viação (em forma de H). Atrás dele a Casa de Câmara e Cadeia e a sua
direita parte do Paço Imperial.
Praça XV, 1909. No centro o Monumento a Osório. depois, o Paço Imperial e,
atrás dele a antiga Secretaria do Ministério da Indústria. Ao fundo, a Estação
das Barcas
Vista, 1910. No centro a Igreja de São José. À sua esquerda a Casa de Câmara
e Cadeia e o Paço Imperial e atrás o Ministério da Indústria. Na extrema esquerda,
o Chafariz de Mestre Valentim. No canto noroeste, a Ilha das Cobras.
No centro a Igreja de São José. À sua esquerda Casa de Câmara e Cadeia
o Paço Imperial e atrás o Ministério da Indústria. No canto noroeste, a
 Ilha das Cobras.
Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, 1914
Praça XV, 1909. Paço Imperial, depois Casa de Câmara e Cadeia e atrás dela,
a antiga Secretaria do Ministério da Indústria. Ao fundo, à esquerda, a Estação das

Barcas. À direita, a Igreja de São José e mais no fundo o Morro do Castelo com a
Igreja de Santo Inácio

Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas. Atrás a Casa de Câmara
 e Cadeia
Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, 1914
Região da Misericórdia, 1922. Em primeiro plano o Paço Imperial e depois a
Casa de Câmara e Cadeia e a sua esquerda o Ministério da Viação em forma
de H e depois a Estação das Barcas. Na próxima fileira a Igreja de São José

e depois o Museu Naval e a  a EMERJ. Ao fundo o Mercado Municipal. Mais
ao fundo a torre do Pavilhão de Festas. À nordeste o Morro do Castelo com a
Igreja dos Jesuitas
Vista aérea da Região da Misericórdia, anos 1930. Pavilhão  de Caça e Pesca e depois o Pavilhão da Estatística (Saúde
dos Portos) e atrás o Pavilhão dos Estados. Depois
 o Mercado Municipal. Atrás dele o Palácio da Justiça, EMERJ e Museu
 Naval. Depois o Ministério da Viação e atrás o Palácio Tiradentes

sábado, 2 de maio de 2015

BRASIL: RJ: RIO DE JANEIRO: 
Hotel Pharoux - Pharoux Hotel

1 – Localização:
         Município do Rio de Janeiro. Ap 1.0. Centro. Avenida Alfredo Agache (22.903609, -43.172576). O Hotel Pharoux ficava na Avenida Alfredo Agache, em frente do Museu da justiça.
2 – Histórico:
        Louis Dominique Pharoux, um francês de Marselha, lutou ao lado de Napoleão e depois decidiu exilar-se no Brasil, por razões políticas, e reconstruir sua vida. Após conhecer melhor o Rio de Janeiro decidiu construir um novo hotel, oferecendo serviços em nível compatível com os padrões europeus. Na verdade, o Rio de Janeiro era muito mal servido quanto a hotéis. Fora algumas exceções, as hospedagens eram pouco mais que pousadas pulguentas. Em 1816 ele fundou o hotel, inicialmente, na Rua da Quitanda, não passando de uma Hospedaria e casa de Pasto, mas em 1838, o hotel transfere-se para a Rua Fresca (depois Rua Clapp, atualmente englobada pela Avenida Alfredo Agache), esquina do Largo do Paço (Praça XV), com os fundos dando diretamente para o mar na praia de Don Manuel, e ressurge refinado, confortável, trazendo para a corte um glamour europeu.
"Mudança de Casa". “Luiz Pharoux tem a honra de participar ao respeitável público desta corte, que ele acaba de transferir a sua hospedaria da Rua da Quitanda para a Rua Fresca número 3, em frente ao mar." (O Jornal do Comércio, 12 de Fevereiro de 1838)
Não está clara a data de construção do edifício, certamente antes de 1838. Nos fundos havia um cais de desembarque, que acabou sendo conhecido como Cais Pharoux. Além de boas acomodações, o público foi imediatamente conquistado pela excelente cozinha e pelos vinhos franceses de qualidade. O Hotel Pharoux foi o primeiro hotel do Brasil "moderno", o primeiro hotel com um padrão de qualidade razoável, e o primeiro comparável ao de hotéis europeus. O hotel ficou famoso pela excelência da cozinha, pela exuberância cordial do proprietário e pela qualidade dos vinhos e bebidos; nesta época no Brasil quase só se consumia os vinhos portugueses, mas no hotel se introduziram os vinhos franceses. O hotel Pharoux tinha um requinte nada usual para os padrões da época. Ele tinha salas para jantares que comportavam mais de oitenta pessoas, com cardápio sofisticado ao gosto de Paris; o rico mobiliário e seus banhos eram um atrativo a mais. Destacavam-se os móveis franceses, os espelhos florentinos e a alvura das suas toalhas brancas.
O hotel foi usado por Dom Pedro I para encontros amorosos com Régine de Saturville, mulher do judeu Lucien de Saterville, joalheiro da Rua do Ouvidor. Acusado de contrabando, Lucien voltou para a França e deixou Régine no Rio, deixando o caminho livre para o Imperador mulherengo. Em 1839, chegava em viagem de instrução a corveta francesa L'Orientale, que funcionava como uma escola flutuante, trazendo vários professores, e, dentre eles, um padre chamado Combes. Quando estava hospedado no Pharoux, Combes fez demonstrações da recém-descoberta daguerreotipia, e tirou aquela que talvez tenha sido a primeira fotografia no Brasil, retratando o Largo do Paço e adjacências. Alguns anos depois, em 1843, se instalou no mesmo local o primeiro atelier fotográfico, iniciativa de dois ingleses, Morand e Smith. O hotel Pharoux começou a ser desativado em 1858, e depois que o proprietário Louis Dominique Pharoux voltou para a França em 1864, o prédio foi ocupado pela Casa de Saúde N. Sra. da Glória. Luiz Pharoux morre na França, em 1867, sem nunca haver conseguido plantar as arvores defronte ao hotel, indeferidas pela municipalidade. Depois virou Casa de Saúde Dr. Catta Pretta & Werneck, um dos primeiros hospitais particulares do Rio, e até sua demolição foi propriedade dos descendentes deste médico. O Hotel Pharoux tinha paredes cinzentas, mas foi modernizado, e o velho restaurante, juntamente com a cavalariça, que ocupavam o andar térreo, cederam seu lugar a vendedores de ostras e a uma casa de flores de penas, funcionando nos andares de cima o hospital particular. Após um período de abandono lá se fixou, no pavimento superior, o Hotel Real que nem de longe lembrava o luxuoso Pharoux; no andar térreo estavam situados um grande armazém de comestíveis e várias lojas de diferentes espécies. Em 1958, anunciou-se o desaparecimento do prédio, para a construção do Elevado da Perimetral e em 1959 o hotel foi efetivamente demolido.
3 – Descrição:
            O hotel tinha uma orientação geral noroeste-sudeste, com maior eixo transverso, e frente para sudeste e fundos em direção ao mar (nordeste). O hotel tinha o formato retangular e possuía 4 andares, sendo este último andar menor que os outros. No seu lado mais extenso havia 11 portas no primeiro andar; no segundo andar havia 11 portas que dava para varandas com balaustrada metálica; no terceiro andar havia 11 portas que davam para uma varanda contínua; o quarto andar só tinha 3 portas com varanda e 4 janelas. O telhado era 4 águas, com telhas. Havia clarabóias e uma pequena cúpula no teto. O lado mais estreito tinha a fachada dividida em duas seções de 3 andares com uma clarabóia no teto de cada seção. Na seção mais a externa havia no primeiro andar 3 portas em arco e no segundo e terceiro andar havia 4 portas retangulares que davam para uma varanda contínua. Na seção mais interna havia no primeiro andar 4 portas em arco e no segundo e terceiro andar havia 5 portas retangulares que davam para uma varanda contínua.
4 – Visitação:
            Impossível, foi demolido em 1959 para a construção do Viaduto da Perimetral.
5 – Bibliografia:
http://fragmentosarqueologicos.blogspot.com.br/p/historia-do-rio-de-janeiro.html
CRULS, Gastão. Aparência do Rio de Janeiro. 3ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1965.
GERSON, Brasil. História das Ruas do Rio, Rio de Janeiro: Editora Lacerda, 5ª. ed., 2000.

Pharoux Hotel: Brazil, State of Rio de Janeiro, Municipality of Rio de Janeiro, dowtown
       It was the first good hotel of Rio de Janeiro, funded in 1816, and transfered to its main location in 1838. In 1864 it was transformed in a hospital and 1959 the building was demolished.
Vista de satélite, antes da demolição do Viaduto da Perimetral. 1. Palácio da Justiça; 2. EMERJ 3. Museu Naval; 4. Igreja de São José; 5. Palácio Tiradentes (Local da antiga Casa de Câmara e Cadeia); 6. Paço Imperial; 7. Convento do Carmo; 8. Antiga Catedral Imperial; 9. Arco dos Teles; 10. Local da antiga Secretaria do Ministério da Viação e Obras; 11. Local do antigo Hotel Pharoux; 12. Estação das barcas;13. Local do antigo Mercado Municipal
Parte do mapa do Centro do Rio, P.S. Souto, 1817. Vê-se à esquerda o Morro de Santo Antônio, no centro o Morro do Castelo, à direita a Ponta do Calabouço com o Arsenal de Guerra e o Forte São Thiago. Delá saía em diagonal a extinta Rua da Misericórdia, indo até a Praça XV. Junto ao mar, vê-se, destacando-se o Hotel Pharoux.
Parte do mapa do Centro do Rio, A.M.Mc Kinney, Roberto Leeder, 1858. Vê-se no centro o Morro de Santo Antônio, à direita o Morro do Castelo, e na extrema direita a Ponta do Calabouço com o Arsenal de Guerra e o Forte São Thiago. Delá saía em diagonal a extinta Rua da Misericórdia, indo até a Praça XV (Largo do Paço). Formando o lado sudeste da praça, vê-se o Hotel Pharoux marcado com um "X"


Parte do mapa do centro do rio, João Rocha Fragoso, 1874 (mesma numeração do primeiro mapa): 2 e 3. Lugar dos futuros Museu Naval e EMERJ; 4. Igreja de São José; 5. Casa de Câmara e Cadeia (local do futuro Palácio Tiradentes); 6. Paço Imperial; 7. Convento do Carmo; 8. Antiga Catedral Imperial (ao norte a igreja da Ordem terceira); 9. Arco dos Teles; 10. Secretaria do Ministério da Viação e Obras; 11. Hotel Pharoux; 12. Local da futura Estação das barcas; Local do antigo Mercado Municipal
Parte do mapa do Centro do Rio, 1848-1906. Vê-se no centro o Morro do Castelo, e na direita a Ponta do Calabouço com o Arsenal de Guerra e o Forte São Thiago. Delá saía em diagonal a extinta Rua da Misericórdia, indo até a Praça XV. Formando o lado sudeste da praça, vê-se o Hotel Pharoux.
Parte do mapa do Centro do Rio, 1906. Vê-se no centro o Morro de Santo Antônio, à direita o Morro do Castelo, e na extrema direita a Ponta do Calabouço com o Arsenal de Guerra e o Forte São Thiago. Delá saía em diagonal a extinta Rua da Misericórdia, indo até a Praça XV (Largo do Paço). no litoral na parte sul há uma área quadrada escura, o Mercado Municipal e logo ao norte o Hotel Pharoux.
Parte de uma pintura de Adolphe Hastrel, 1841, mostrando o Hotel Pharoux
(lado NE) junto ao mar. À direita, no fundo, a antiga Catedral Imperial e a
Igreja da Ordem Terceira; à frente, o Chafariz do Mestre Valentim.
Parte de uma pintura de Abraham-Louis Buvelot, 1842, mostrando o Hotel
Pharoux (lado NE) 
junto ao mar. À direita, o Paço Imperial a antiga Catedral
Imperial e a Igreja da Ordem Terceira; à frente, o Chafariz do Mestre Valentim.
Parte de uma pintura de Daniel Parish Kidder, 1836-1842, mostrando o Hotel
Pharoux (lado NE) 
junto ao mar. À direita, o Paço Imperial a antiga Catedral Imperial
e a Igreja da
 Ordem Terceira; à frente, o Chafariz do Mestre Valentim.
Pintura de Friedrich Pustkow, 1850, mostrando à esquerda o Hotel Pharoux (lado NW) junto ao mar e à sua direita, ao fundo, a Igreja de São José. No centro o Chafariz do Mestre Valentim e na extrema direita o Paço Imperial. Ao fundo o Morro do Castelo com a Igreja de Santo Inácio.
Pintura de Friedrich Pustkow, 1850, mostrando ao fundo o Morro do Castelo com a Igreja de Santo Inácio. Em frente, à direita o Hotel Pharoux (lados NW e NE) junto ao mar e na extrema direita a Catedral Imperial. 
Hotel Pharoux (lados NW e NE), pintura de Sebastien Auguste Sisson, 1850-62
Vista do centro do alto do Morro do Castelo, Joseph Alfred Martinet, 1852. À direita a baía e a Ilha das Cobras. Junto ao mar, o hotel Pharoux, perto da Praça XV. Seguindo o litoral vê-se as duas torres da Igreja do convento de São Bento. No centro, vê-se a torre da Igreja de São José e depois a da catedral Imperial.
Vista Tomada do morro do Castelo para a Rua Direita (1º de Março), Louis Aubrun, 1854. À direita a baía e a Ilha das Cobras. Junto ao mar, o hotel Pharoux, perto da Praça XV. Seguindo o litoral vê-se as duas torres da Igreja do convento de São Bento. No centro, vê-se a a Praça XV com o Chafariz do Mestre Valentim. À esquerda, a torre da Igreja de São José e depois as da catedral Imperial.
Hotel Pharoux (lados NW e SW), Revert Henrique Klumb, c. 1870
Hotel Pharoux (lados NE), Revert Henrique Klumb, c. 1870. Observe que aqui
está o nome do Hotel Waltz
Lado sul da Praça XV, 1890, à esquerda a Estação das Barcas; no centro o
Hotel Pharoux (lado NW) e à direita, a antiga Secretaria do Ministério da
agricultura; à sua frente o coreto.
Lado sul da Praça XV, 1900, à esquerda o Hotel Pharoux (lado NW) e à direita,
a antiga Secretaria do Ministério da agricultura; à sua frente o coreto.
Região da Misericórdia, 1900. À sudoeste uma das torres e parte do Mercado 
Municipal. No centro, no mesmo alinhamento, vários edifícios, sendo o mais
esquerdo o Hotel Pharoux. Atrás há oa EMERJ, o Museu Naval e o Ministério 
da Viação (em forma de H). Atrás dele a Casa de Câmara e Cadeia e a sua
direita parte do Paço Imperial.