BRASIL: RJ: RIO DE JANEIRO:
Igreja de Santa Luzia -
Igreja de Santa Luzia -
Church of Saint Luzia
1 – Localização:
Município do Rio de Janeiro. Ap 1.0. Centro.
Rua Santa Luzia, 490, Centro (-22.909518, -43.172619)
2 – Histórico:
Segundo uma das versões sobre a origem
da Igreja de Santa Luzia, o navegador Fernão
de Magalhães, de passagem pela baía
de Guanabara, em dezembro de 1519, teria feito erguer uma pequena capelinha de madeira no
local, então à beira-mar, para se casar com a mameluca Luzia, e teria lá
depositado uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes. No entanto, relatos
quinhentistas informam que antes de 1592 um devoto fundou na base do Morro do
Castelo, na praia de santa Luzia, a capelinha em louvor à Virgem siracusana em
cumprimento de uma promessa de cura considerada milagrosa. Em 28 de fevereiro
de 1592 o Governador da Capitania do Rio de Janeiro, Salvador de Sá, doa o
pequeno templo aos primeiros frades franciscanos, recém-chegados na cidade,
vindos da Bahia, Frei Antônio dos Mártires e Frei Antônio das Chagas, que se
estabeleceram na ermida, com o prévio consentimento da respectiva confraria.
Tal doação deveu-se ao fato de a ermida já se encontrar abandonada a essa
época, passando a fazer parte dos bens da Coroa, o que possibilitou a
transmissão para os franciscanos; estes se mudaram 15 anos depois para o Morro
de Santo Antônio onde construíram o seu Convento. Existiu primitivamente, nos
fundos do templo, no sopé do morro hoje desaparecido, uma fonte de água à qual
se atribuíam poderes milagrosos. Essa devoção é recordada ainda hoje por uma
bica instalada na sacristia da igreja.
Como a ermida era pequena, a irmandade de devotos
obteve a 12 de janeiro de 1752, permissão para levantar novo templo. Esta
igreja, que é a atual, foi construída não no mesmo
sítio em que se achava a velha ermida, mas em terreno próximo, de dez braças em
quadra (22,00 m cada lado), também à beira-mar, o qual fora doado, em 31 de
dezembro de 1751, por João Pereira Cabral e sua mulher Antônia da Cruz,
proprietários de grande chácara na área da praia de Santa Luzia. Esta nova
igreja era muito simples, com uma fachada muito singela, porta central sem a
conveniente largura e uma única torre bastante acanhada. Em 1756 a Irmandade de
Santa Luzia redige seu Compromisso que foi encaminhado ao bispo d. Antônio do
Desterro para que o aprovasse.
“...de Santa Luzia , cuja fundação excede os annos de 1592. Por
decadente a que entaõ existia , substituiu-lhe a actual , fundada com Provisão
de 12 de Janeiro de 1752 à requerimento de Diogo da Silva , em chaõ doado por
Joaõ Pereira Cabral , e sua mulher , junto à praia conhecida pelo nome da mesma
Santa. He sustentada por uma Irmandade , e por esmolas dos devotos , que
tributam diários cultos à tao particular protectora da boa vista.” (Araújo,
vol.5, pg. 70)
“Pouco tempo depois de fundada a cidade, no
morro do Castello, ergueu-se em baixo, na vargem, a ermida de Sancta Luzia, na
praia da Piaçaba, a qual, começando na ponta do forte de Sanctiago (hoje
Arsenal), do Cafofo e depois do Calabouço, ia terminar p’ras bandas da Lagoa
Grande (Passeio Publico). Nessa praia construiu, antes de 1646. Duarte Corrêa
Vasqueanes uma muralha, que foi destruida pelo mar. Havia ahi um trilho
sinuoso, chamado posteriormente caminho do vintém, e em éras mais antigas,
caminho da forca, pois esse instrumento de Supplicio estava sempre armado para
o que desse e viesse.... Em 1592, governando o Rio de Janeiro Salvador Corrêa
de Sá, chegaram da Bahia dous frades franciscanos: frei Antonio dos Martyres e
freí Antonio das Chagas, com intuito de fundar casa aqui. Salvador, de accôrdo
com o Conselho e com o prelado Bartholomeu Simões Pereira, mostrou-lhes varios
sítios da cidade, obtendo preferencia o logar de Sancta Luzia: e por um
conchavo com a respectiva confraria, o que tudo consta de uma extensa
escriptura, ahi se aboletaram elles, vivendo em commum com os devoros de Sancta
Luzia, e para clausura e recolhimento dos Capuchos foi-lhes doado: «todo o chão
que hã começando de hua cruz de pedra que está antes da dita hermida vindo pelo
caminho debaixo e partindo com os chãos de Gonçalo Gonçalves dahi irão correndo
ao longo da cerca dos padres da companhia athé o forte já dicto que está abaixo
da Sé, deixando á mão direita o caminho da rua publica e do dito baluarte irão
correndo pelo trasto desta cidade partindo com elle pela banda debaixo athé os
chõns de Anna Barroza e dahi rumo direito no mar ficando sempre o caminho livre
e serventia pela praya ao longo e hirá correndo athé dar com os chõns do dito
G. Gonçalves pelo parte do mar e dahi correndo direto á cruz d’onde começamos a
demarcação»...Prova-se com isto, porem que a egreja actual de Sancta Luzia não
está collocada no primitivo logar. De facto, com o correr dos tempos,
arruinando-se a ermida, a requerimento de Diogo da Silva, ergueu-se a moderna
capella em terrenos doados em 1752 por João Pereira Cabral e sua exma. senhora.
Foi do meu tempo a egreja de Sancta Luzia, apresentando uma modesta torre e um
frontispicio mais que modesto.” (Macedo,
pg. 59-60)
“Ha
poucos annos foram construídas as duas elegantes torres e deu-se ao templo um
aspecto mais agradavel. Abrindo-se portas lateraes que dão para uma galeria
sustentada por arcos. Isso facilitou o serviço, sobretudo em dias de festa em
que a concurrencia era immensa e tornava-se impossivel o ingresso. Festeja-se
tambem nessa casa religiosa Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira dos
pescadores e homens do mar... A imagem de Sancta Luzia, que orna o altar-mór,
figurou na exposição de Paris e foi offerecida pelo commendador P. Velloso: a
antiga acha-se no consistorio. É tambem digna de nota a imagem de Nosso Senhor
do Bonfim, presente do commendador Bernardes.” (Macedo, pg. 60)
A rua de Santa Luzia
não existia, sendo apenas uma picada na encosta do morro. Foi ampliada e
melhorada em 1811 pelo Príncipe D. João (VI), que era devoto da santa e queria poder transitar com a sua carruagem do Convento da Ajuda
até a igreja, em cumprimento do pagamento de uma promessa, formulada para que o
seu neto, o infante D. Sebastião, ficasse curado de uma moléstia que tinha nos olhos. Uma tribuna na
capela-mor era destinada à família real. Desse
modo, a igreja de Santa Luzia teve o seu acesso facilitado. A praia foi
finalmente aterrada em 1922, quando arrasaram o Morro do Castelo.
“Deve-se
a d. João VI a abertura da rua que vai da egreja até o canto da Ajuda, e esse
melhoramento foi devido a uma promessa feita pelo rei. Adoecendo dos olhos e
ficando bom o infante d. Sebastião, neto de d . João VI, resolveu este leva-lo
em 1817 a Sancta Luzia. Havia porém uma difficuldade : os carros da Casa Real
não podiam passar pelo lado da Misericordia [Largo da Misericórdia], onde juncto ao Recolhimento havia uns
beccos estreitos, tanto que o transito era feito por baixo de um arco, cujos
vestigios ainda se notam no actual edifficio da Eschola de Medicina. Pelo lado
do Matadouro, onde depois esteve o Asylo de Mendigos, a rua vinha pela frente
deste e dava volta pela hoje praça de D. Constança, costeava o mar, no ponto em
que houve um jogo de bola, e voltava em direcção á egreja. O caminho era
interceptado pela grande chacara de d. Anna Francisca da Cruz, viuva de Estevão
da Silva Monteiro, chácara cujo portão se abria na praia. A viuva oppunha-se a
que se tocasse nos seus muros e pedira indemnização na forma da lei pela sua
propriedade. Paulo Fernandes Vianna metteu-se nisto, foram satisfeitas as
exigências da Ordenação; houve vistoria. Avaliações, citação dos interessados;
julgamento final: d. Anna recebeu 800$, e o rei poude com facilidade cumprir o
seu voto.” (Macedo, pg. 61)
Em 1872 a igreja foi
muito ampliada, segundo o projeto do Mestre Antônio de Pádua e Castro, que
também fez os trabalhos de talha. Nesta época, duas altas torres com coruchéus
de inspiração neogótica, recobertas de azulejos substituíram a que havia, e a
fachada recebeu elegante frontispício neoclássico; uma porta frontal ampla e
bem trabalhada e duas portas laterais são feitas. Além da construção das duas
torres sineiras, foi feita a cobertura dos corredores laterais, que ampliou seu
espaço interno, sendo também deste período as dependências que abrigam o
consistório e Secretaria da Irmandade, existente na Igreja. A decoração
interna, muito simples, data dessa reconstrução. Em março de 1913, resolveram
os irmãos da Confraria de Santo Elói transferir a imagem da Igreja do Parto (na
Rua Rodrigo Silva, Centro) para a Igreja de Santa Luzia, de acordo com o combinado
entre os Provedores Henrique da Silva Lemos e Francisco Antônio dos Santos,
respectivamente de Santo Elói e de Santa Luzia. Na década de 1920, com os
materiais provenientes da demolição do Morro do
Castelo, formou-se um aterro que afastou a rua e a igreja das águas do mar. Isto
também causou o secamento de sua fonte de água límpida, tida como milagrosa
para as enfermidades dos olhos. A igreja foi tombada em 1938 pelo SPHAN. Na
década de 1960, parte da sua decoração interna foi removida, voltando a apresentar
aspectos coloniais. Todos os anos, desde os primeiros tempos da fundação, Santa
Luzia é festejada no seu dia, 13 de dezembro, com grande brilhantismo.
Antigamente essa festa era assinalada com estouros de foguetes, queima de fogos
de artifício, bandas de música e à volta do santuário fincavam-se bandeiras e galhardetes coloridos. A
ocorrência de devotos era enorme, entre os quais notavam-se figuras da mais alta
representação social, inclusive o Almirante Tamandaré que nunca deixava de
comparecer para render homenagem à Virgem, no dia do seu próprio aniversário. A
festa de Nossa Senhora dos Navegantes é realizada sempre no primeiro domingo
depois do dia 13; essa comemoração reveste-se igualmente de grande solenidade,
celebrando-se nessa ocasião missa cantada.
3
– Descrição:
A igreja tem orientação geral
noroeste-sudeste, com frente para sudeste e maior eixo ântero-posterior. O
telhamento é em telhas de 2 águas. A fachada apresenta elementos do estilo
neoclássico com linhas simples e verticais. O
corpo central é formado por porta única de verga reta no primeiro andar e por
três janelas em arco abatido guarnecidas de cantaria do coro, no segundo andar,
sendo a portada e a janela central encimadas por sobreverga. Nas laterais há,
de cada lado, um cunhal, separando das torres sineiras. As torres sineiras
apresentam cunhais também nas bordas externas. Elas possuem uma porta no
primeiro andar e um óculo no segundo andar. No alto, em toda a extensão, há uma
cimalha e, acima um frontão triangular, com medalhão e folhagens no tímpano e
acrotério com cruzeiro ladeado por pequenas volutas, compondo a parte superior
do frontispício. Do lado do frontão as torres sineiras se continuam com um
óculo e depois uma janela de cada lado, com um sino no meio; no topo das torres
há balaustradas com pináculos nos quatro cantos e arremates bulbosos delgados e
verticais revestidos de azulejos e encimados por cruzes. No lado direito, a
torre sineira possui um cunhal em cada extremidade e um óculo no segundo andar;
em seguida, a fachada apresenta uma porta de verga reta no primeiro andar, uma
janela retangular no segundo e, mais acima e mais recuado, duas janelas
retangulares deitadas. Depois vem uma galeria transversal de dois andares; esta
não tem janelas ou portas na sua fachada anterior e lateral, mas na sua fachada
posterior apresenta três portas em arco no primeiro andar e quatro janelas
retangulares no segundo. A fachada direita, após o consistório, uma porta e
duas janelas de verga reta no primeiro andar e três janelas de verga reta no
segundo andar. No lado esquerdo, a torre sineira possui um cunhal em cada
extremidade e com um óculo no primeiro e no segundo andar; em seguida, na seção
seguinte da fachada, apresenta uma porta em arco e duas janelas em arco no
primeiro andar, três janelas retangulares no segundo; a seção seguinte, um
pouco mais baixa que a anterior e separada desta por um cunhal, apresenta três
janelas em arco no primeiro andar e três janelas retangulares no segundo. Os fundos
possui uma porta, que dá para o corredor lateral esquerdo. Os detalhes nos portais, nas torres, nas janelas do coro,
nas cimalhas ou no tímpano, onde se vê o escudo de Santa Luzia, são de
granito, assim como de pedra é a escadaria de quatro degraus que se estende por
toda a ampla frente.
A planta é de nave única, capela-mor,
corredores laterais e dependências onde funcionam o consistório e a sacristia. Logo
na entrada fica o coro no segundo andar, com uma balaustrada e as três janelas
anteriores; há de cada lado uma porta e uma janela. O arco do teto, atrás da
parede anterior da igreja, tem um painel pintado; o teto ém em arco. Após a
porta de entrada há um aparador de madeira e dos lados uma pia de pedra e uma
imagem em um nicho: no lado direito é São Pedro, no esquerdo é Santo Antônio
com o menino Jesus no colo. Em seguida fica a coluna corintiforme acanelada que
suporta o coro. Logo depois há uma porta com uma imagem na frente, sendo a do
lado esquerdo a de Nossa Senhora de Fátima; no lado esquerdo a porta dá para o
corredor externo esquerdo. O
altar do lado direito é ocupado por Santo Elói, padroeiro dos ourives, colocado
pela Irmandade dos Ourives no mesmo lugar onde até 1913 estava a imagem do
Senhor do Bonfim. Este altar possui na base a mesa do altar e logo depois uma
imagem do sagrado Coração de Jesus; o altar é formado de arcos concêntricos com
colunas coríntias acaneladas. Logo antes do altar, sobre uma base, há uma
imagem de Santa Lúcia e, logo depois do altar, uma de São Judas Tadeu. O altar à
esquerda é semelhante e nele há a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes,
padroeira dos homens do mar, e que pertence à mesma Confraria de Santa Luzia;
na frente ficava a imagem do Menino Jesus de Praga. Os três altares são do Mestre Antônio de Pádua e
Castro, o mesmo artista que reconstruiu a fachada. A talha do interior da
capela-mor e os altares são do século 19.
O arco-cruzeiro é decorado e possui
de cada lado um púlpito; logo na sua parede anterior há, de cada lado, uma
porta em arco para os corredores laterais. Logo depois do arco cruzeiro, começa
a capela-mor, mais estreita e baixa que a nave. Nela há, inicialmente, uma
porta de verga reta fechada por cortina e com uma sobreverga ricamente
decorada; acima há uma tribuna fechada por cortina, com balaustrada e
sobreverga ricamente decoradas; à frente há um cunhal acanelado com capitel
joniforme com detalhes dourados. Após o cunhal há dois painéis na parede, sendo
que o primeiro possui uma pintura e o segundo é liso e cortado por uma porta
disfarçada; no segundo andar há mais duas tribunas iguais à anterior. No lado
direito há uma estátua de São José com o menino Jesus, e, do lado esquerdo,
Nossa Senhora. O altar-mor é rodeado de duas colunas coríntias acaneladas, com
detalhes em dourado, sobre uma base elevada, que suportão uma arquitrave de
cada lado, sobre a qual fica o arco que recobre o retábulo; no alto fica uma
decoração com um medalhão do qual saem raios diagonais. O retábulo possui seis
degraus progressivamente menores; sobreo primeiro está a imagem de Santa Luzia
e acima do último há um crucifixo. Na frente do retábulo fica a mesa do altar,
o sacrário decorado e os candelabros. A imagem de Santa Luzia, da capela-mor, é uma imagem de regular
tamanho, altamente expressiva, e foi oferecida à Irmandade pelo Comendador F.
Veloso, depois de ter estado em uma exposição em Paris. A imagem primitiva, vinda
dos velhos tempos, é, atualmente, venerada no Consistório, como preciosa peça
de museu. O teto da capela-mor é decodaro com medalhões e detalhes em baixo
relevo. O corredor direito, que se inicia no arco-cruzeiro, mais interno é
ladeado por retratos e termina ao fundo na Sala dos Milagres, que fica atrás da
Capela-mor, envolvendo-a por trás. No lado esquerdo da nave há um longo
corredor da torre sineira até os fundos, onde há uma porta externa; na sua parte
mais anterior há uma porta para a torre sineira e no lado exterior há 6 janelas
em arco. O corredor direito mais externo possui, na parede esquerda, um pequeno
altar sobre uma base de colunas coríntias acaneladas com um painel ao fundo e
uma imagem de uma mulher tendo nos braços o corpo de Jesus morto; logo depois
fica a porta da sacristia.
A sacristia é ampla e possui vários
quadros, móveis antigos, imagens e uma pia de pedra. Atrás do altar, encontra-se a Sala das Promessas, com
uma imagem de Santa Luzia em mármore branco, de onde jorra água cristalina,
substituindo a fonte original, hoje obtida por um especial sistema de
filtragem. Os devotos lavam os olhos e o rosto e bebem a água, ainda crendo nos
seus poderes. No fundo da igreja fica a Sala dos
Milagres. Nessa última dependência há a famosa fonte de água cristalina onde os
devotos de Santa Luzia buscam remédio para os males dos olhos. Atualmente a
fonte está modificada para melhor; a Irmandade realizou reforma no intuito de
dotá-la de melhor aparência. Assim é que mandou colocar ali uma pia de mármore
branco de Carrara, a qual pousa sobre um anjo de asas abertas. Por trás dessa
pia, cuja água é tomada de uma torneira niquelada, está colocada a imagem de
Pedra de Santa Luzia, e no fundo, junto à parede, vê-se uma guarnição em
mármore rosa, de Portugal, encimada por uma cruz também de mármore rosa. Aos
lados há painéis pintados, móveis e outras imagens de santos e objetos os mais
variados, que representam ex-votos a Santa Luzia, em retribuição a benefícios
concedidos.
4 – Visitação:
Telefone:
(21) 2220-4367. Horário de Funcionamento: De seg a sex, das 8 às 17h; sáb e
dom, das 8h às 11h
5 –
Bibliografia:
ARAÚJO,
José de Souza Azevedo Pizarro e. Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das
Províncias anexas à Jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil, vol. 5. Rio
de Janeiro: Impressão Régia, 1820.
COARACY, Vivaldo. Memória da Cidade do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1955.
COARACY, Vivaldo. O Rio de Janeiro do Século
XVII. Rio de Janeiro: José Olympio Editora,
1965
CRULS, Gastão. Aparência do Rio de Janeiro. 3ª ed. Rio
de Janeiro: José Olympio Editora, 1965
MACEDO, Joaquim Manoel. Um passeio pela
cidade do Rio de Janeiro, vol 2. Rio de Janeiro: Typographia de Candido Augusto de
Mello, 1863.
GERSON, Brasil. História
das Ruas do Rio. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora Lacerda, 2000.
TEIXEIRA, Milton de
Mendonça. Arquitetura Colonial do Rio de Janeiro.
Na antiga rua de Santa Luzia, defronte à praia de mesmo nome, esteve situado durante algum tempo, na era
colonial, o Matadouro Público, antes de ir para o Largo do Machado, e a forca,
antes de esta ir para a Praça Tiradentes, e o Cemitério da Misericórdia,
transferido em 1839 para a Ponta do Cajú. Era, portanto, nesta época uma rua de
má reputação na época. Em 1811, após seu alargamento por Don João VI, passou a
ser mais bem frequentada e no começo do século XX foi a sede dos principais
clubes de banho cariocas, antes do aterro da praia de Santa Luzia, com
materiais retirados do desmonte do Morro do Castelo.
Forte
de Santa Luzia
No início do século XVIII,
havia na praia de Santa Luzia um forte, que defendia esta praia e deveria
cruzar fogos com a bateria da do Morro da Glória.
“O terceiro, afastado deste [da Fortaleza de São
Sebastião do Morro do Castelo] dois tiros de fuzil, sobressai sobre a
planície e a barra, oferecendo o aspecto de um quadrilongo, com doze canhões
euma bateria rasa, à flor d’água, de seis peças.” (De Lagrange, pg. 57)
“...denominado de Sainte-Alouysie (Santa Luzia),
com oito [canhões],
e ainda uma bateria de 12 canhões.” (Duguay-Troin in De Lagrange, pg. 03)
“...conta
sob a fortificação e artilharia e mais fortalezas da praça e armazens do Rio de
Jantiro, enviada pelo governador Antonio de Britto Meneses, o qual dizia em
data de 2 de Março: ...Por este importante documento vemos ainda que: em 1718
as differentes fortalezas estavam guarnecidas do seguinte modo: ...Sancta
Luzia, 5...” (Fazenda, pg. 339-340)
Bibliografia
DE LAGRANGE, Louis Chancel. A
tomada do Rio de Janeiro em 1711 por Duguay-Trouin. Rio de Janeiro:
Departamento de Imprensa Nacional, 1967.
FAZENDA, José Vieira. Antiqualha e memorias do Rio.
RIHGB, vol. 140, 1921.
https://frags.wiki/index.php?title=Igreja_de_Santa_Luzia
Saint Luzia Church: Brazil, State of Rio de Janeiro,
City of Rio de Janeiro, downtown
A
little chapel was erected in before 1592 in a beach bellow Castle Hill. In
1752, a new church was erected nearby with only one bell tower. In 1811, a new
and larger street was opened in front of the church, to allow the future
Portuguese king John VI visit the church with his cohort. In 1872 the church
was reformed, embellished and recived the second bell tower. Since 1922, the
church became progressively removed from the sea, with the landfill of the
beach.